Yield significa rendibilidade em inglês e é o termo usado para referir o retorno de uma obrigação até à sua maturidade. Na prática, equivale à taxa de juro implícita no preço dos títulos de dívida. Um aumento da yield significa que o preço caiu e os investidores estão a exigir uma remuneração maior assumirem o risco da dívida. A subida desta taxa de rentabilidade significa que a empresa ou Estado vão ter encargos maiores com o seu financiamento.
"Credit Default Swaps"
Os CDS são contratos financeiros que permitem aos investidores em obrigações fazerem um seguro contra a possibilidade de o emitente da dívida não a saldar. Por este seguro pagam um prémio, que é o valor dos CDS. Tal como numa apólice para um carro, quanto maior a percepção de risco, maior é o prémio exigido. Os CDS são cotados em pontos-base, isso significa que o detentor do seguro tem de pagar 130 mil euros por cada milhão de euros de dívida. Ou seja, quanto maior a cotação do CDS, maior é o risco que é atribuído ao Estado ou empresa que lhe está subjacente.
"Spread"
O "spread" corresponde ao diferencial entre as "yields" de diferentes obrigações. Serve para medir o prémio que os investidores estão a exigir, para adquirirem títulos com maior risco face ao "benchmark". Nas obrigações de dívida pública na Europa as obrigações alemãs, também conhecidas por "bunds", são o referencial. Sexta-feira, o spread das OT portuguesas a 10 anos situava-se em 0,915pontos percentuais, ou seja, a yield dos títulos portugueses era superior neste montante face à apresentada pelas obrigações comparáveis alemãs.
Fonte: Jornal de Negócios