Rating

Os mercados obrigacionistas têm um sistema que avalia os emitentes de obrigações de acordo com a sua situação financeira e com a sua capacidade em honrar os compromissos assumidos com a emissão de obrigações. Esse sistema designa-se de “Rating”.

As maiores agências de Rating de Europa e EUA incluem a Standard & Poor's, Moody’s e Fitch. Estas agências estudam os emitentes de forma detalhada e atribuem um “rating” baseado na análise das capacidades financeiras e de gestão, condições económicas, estrutura de endividamento e origem das receitas da empresa emitente (ver tabela em baixo). Os “ratings” mais elevados são classificados de AAA (S&P e Fitch) e Aaa (Moody’s). Por seu lado, obrigações classificadas na categoria BBB ou superior são consideradas de “Investment Grade” e obrigações com “ratings” de BB ou inferiores são classificadas como “High Yield” ou abaixo de “Investment Grade”. As obrigações “High Yield” também se designam de obrigações especulativas, “Non Investment Grade” ou “Junk Bonds” e oferecem normalmente taxas de juro mais altas para compensar o risco de crédito adicional que possuem.

Os “ratings” podem ser revistos periodicamente pela agência e podem ser melhorados (“upgraded”), revistos em baixa (“downgraded”) ou mantidos. Quando as agências de Rating estão a ponderar alterações no grau de “rating” de determinado emitente podem colocar determinado título em revisão (CreditWatch - S&P, Under Review - Moody’s ou Rating Watch - Fitch).

E como podemos saber se o emitente irá honrar os seus compromissos em prazos mais longos (10, 20 ou 30 anos)? As agências de Rating atribuem “ratings” a emissões obrigacionistas, mas monitorizam também a evolução ao longo da sua vida útil, podendo proceder a revisões do “rating” em função de um conjunto de eventos relacionados com a actividade da empresa e com as suas decisões de investimento e financiamento, bem como com o sector onde está inserida.

Embora os mercados financeiros sejam férteis em surpresas, o Rating continua a ser, nos dias de hoje, fundamental no processo de avaliação da qualidade de crédito de um emitente e consequentemente na avaliação das obrigações por si emitidas. Constitui, portanto, uma importante ferramenta para analistas e investidores do mercado obrigacionista.





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