Visão de longo Prazo

O papel do conselho de administração é manter a equipa de gestão concentrada na missão da empresa e impedi-la de se desviar dela por pressão dos accionistas, preocupados com o curto prazo. Desde que esteja associado aos interesses dos accionistas, a missão contribui mais para gerar lucros do que a preocupação com a maximização dos lucros. A primeira empresa de Henry Ford durou um ano porque os outros accionistas viam-na como máquina de fazer dinheiro. Ford abandonou a segunda ao fim de 18 meses por crer que a inclinação do Conselho de Administração (CA) para os lucros gerava receio de fracasso. Já na Ford Motor Company, Ford despediu um apoiante do CA para concretizar o seu sonho de democratizar o automóvel. Entre 1908 e 1917, concentrou-se na redução dos custos de produção até fixar o preço do Modelo T em 345 ddólares, quando a empresa vendia 730mil unidades por ano. Ter um objectivo permite aos líderes vislumbrarem oportunidades de mercado que os outros não conseguem ver.

Pensamento incisivo

Os líderes adoptam o método socrático para encorajarem as pessoas a pensar de forma mais incisiva e justificar pontos de vista. Um bom líder é o que faz a maioria das perguntas. Os líderes devem encorajar as pessoas a fazer perguntas e não ter receio de demonstrar dúvida. Podem também fomentar novos pensamentos, aliando colaboradores a indivíduos interessantes e conhecedores fora das paredes do escritório. As pessoas devem saber que estão a investigar algo com um propósito em mente. Caso contrário o método socrático de interrogação poderá encorajá-las a anteciparem-se umas às outras, criando uma cultura negativa de traição. O antigo presidente da IBM, Lou Gerstner, costumava encorajar os seus colaboradores a envolverem-se em conversas simples e a não perderem tempo a planear apresentações elaboradas.

Tensão Criativa

Os criativos são julgados pelo seu trabalho, o que lhes dá um sentimento constante de insegurança. A maioria dos entrevistados diz aplicar um "julgamento refinado" ou "sensibilidade poética" ao trabalho. Alguns referem-se à publicidade como "tretas" e dizem preferir os valores "superiores" da arte e literatura. Por sua vez, a fricção constante com os gestores leva alguns responsáveis por contas a referirem-se aos criativos como "bébés". A tensão entre colegas pode ser igualmente dolorosa. À excepção de um sócio da empresa, todos os outros são encarados com desconfiança, não vão roubar uma ideia. No entanto, os criativos necessitam da aprovação dos pares para reforçar a auto-estima. Se gestores e clientes compreendessem melhor a identidade criativa, poderiam tirar o melhor partido destes colaboradores. Por outro lado, se os criativos necessitam de se sentirem inseguros e isolados para estimular a critividade, a divisão entre responsáveis de conta e creativos poderá ser a "condição óptima".

Capital Humano

Para evitar decepções na sequência de uma fusão ou aquisição, a empresa compradora deve decidir que cultura a nova organização adoptará. Esta decisão deve basear-se no tipo de cultura necessária para alcançar os seus objectivos estratégicos. Assim, a empresa compradora deve conduzir um exercício de due diligence para verificar se as duas culturas serão compatíveis. É fundamental avaliar as forças e fraquezas, pessoal e organização da outra empresa. É possível ter esta percepção analisando a estrutura dos relatórios ou o processo que serve de base à tomada de decisão dos executivos. Analise os gráficos organizacionais, fale com os decisores e avalie os activos. Depois passe mais tempo na empresa, impregnando-se no estilo de gestão. Os inquéritos são úteis para identificar a forma como os colaboradores descrevem a sua cultura e encaram a nova. É aconselhável ter opiniões de terceiros, questionando os clientes da empresa adquirida, por exemplo, sobre quem são os seus melhores responsáveis de vendas.

Nunca Desista

A vida é como uma grande corrida de bicicleta, cuja meta é atingir a realização pessoal e profissional.
À partida, estamos juntos, compartilhando camaradagem e entusiasmo, mas, à medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial vai dando lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a nossa própria capacidade. Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio, embora ainda estejam a correr, mas apenas poque não podem parar no meio da estrada: eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio, conversam entre si e cumprem uma obrigação.
Acabamos por nos distanciar deles e, então, somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta.
Ao fim de algum tempo, começamos a perguntar-nos se vale a pena tanto esforço. Sim, vale a pena. É só não desistir.

Life Lessons

Eis algumas lições de vida, contadas por uma executiva bem-sucedida:
«Aprendi que não posso exigir a amizade de ninguém, mas apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto. Também aprendi que não importa quão valiosas são certas coisas para mim: haverá sempre pessoas que não lhes darão a mínima importância e jamais conseguirei convencê-las do contrário. A vida ensinou-me que posso passar anos a construir uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Outra lição de qualidade de vida é que consigo usar o meu charme apenas durante quinze minutos; depois disso, preciso de saber do que estou a falar. Posso fazer algo num minuto e ter de responder por isso o resto da minha vida. E também compreendi que demorará muito mais do que julgava a transformar-me na pessoa que quero ser e, por isso, devo ter paciência. Aprendi, ainda, uma coisa importante: perdoar exige muita prática e nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente da pessoa que eu julgava que ia tentar piorar a minha vida; e que eu posso ficar furiosa, tenho o direito de me irritar, mas não o de ser cruel e rude para com as pessoas.»

O que fazer para MOTIVAR as PESSOAS

Eis alguns dos aspectos que são sempre mencionados pelos funcionários, quando são questionados sobre a motivação no trabalho:
- Reconhecer e valorizar as suas realizações
- Confiar e delegar responsabilidades adequadamente
- Definir as metas com clareza
- Desemvolver um estilo de gerência flexível
- Envolver as pessoas nas definições dos processos produtivos
- Saber dar e receber feedback
- Ser receptivo a sugestões
- Conhecer as potencialidades e as limitações de cada um
- Ser tolerante e paciente com as limitações das pessoas
- Procurar desenvolver continuamente a equipa
- Estabelecer um relacionamento aberto e franco
- Usar uma linguagem adaptada ao nível das pessoas e das ocasiões
- Preocupar-se sinceramente com as pessoas
Se pelo menos umas desas práticas for adoptada por um gerente, com certeza que os seus funcionários ficarão mais motivados e mais comprometidos com o trabalho. Eleja uma delas e pratique-a.

O poder que ofusca

Um jovem muito rico foi ter com um sábio, para lhe pedir um conselho a fim de orientar a sua vida. O velho experiente levou o rapaz até uma janela e perguntou-lhe:
- O que vê através dos vidros?
- Vejo pessoas que vão e vêm e um cego pedindo esmola na rua.
Então, o sábio mostrou-lhe um grande espelho e questionou:
- Olhe agora para o espelho e diga-me o que vê.
- Vejo-me a mim mesmo - disse o rapaz.
E o sábio explicou:
- Repare que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria-prima, que é o vidro. No entanto, no espelho há uma fina camada de prata colada sob o vidro e isso faz com que, ao olhar para ele, veja apenas a sua pessoa.
Em certas ocasiões, algo semelhante acontece nas empresas. Quando na condição de simples funcionário, o indivíduo porta-se como o vidro simples: vê os problemas dos outros e até sente compaixão por eles. Mas quando está coberto pela prata, rico de poder por exercer um cargo de chefia, esse mesmo indivíduo só se enxerga a si mesmo. Esta é uma armadilha em que é fácil cair. Para evitar isso, procure sempre lembrar-se destes dois tipos de vidro. Cuidado para que o revestimento de prata, ou seja, o poder do cargo, não o impeça de conhecer melhor os eus funcionários e de ver com transparência a realidade da sua empresa ou do seu sector.

O Segredo da Felicidade

Há uma história antiga, muito interessante, sobre os deuses e a felicidade. Diz essa história que os deuses tinham muito medo de que o ser humano fosse perfeito, pois, se assim fosse, não precisariam mais deles. Resolveram reunir-se para decidir o que fazer. O mais sábio dos deuses disse:
- Vamos dar ao homem tudo o que pudermos, menos o segredo da felicidade.
- Mas os humanos, como são muito inteligentes, vão acabar também por descobrir esse segredo! - disseram os outros deuses em coro.
- Não, isso não vai acontecer - disse o sábio. - Vamos esconder a felicidade num lugar onde eles nunca a irão encontrar: dentro deles mesmos.
A moral desta história é que a felicidade está dentro de cada um. É preciso saber como encontrá-la. É um erro ficar à procura dela à sua volta. A atitude é fundamental nestas alturas. Se não está a fazer o que gosta de fazer, se acordar todas as manhãs se torna cada vez mais difícil, isso é um grande problema para si, num mundo cada vez mais competitivo. Precisa de amar o que faz, senão já acorda em desvantagem.
Há um ditado oriental que diz: «Se quer saber como foi o seu passado, olhe para quém é hoje. Se quer saber como vai ser o seu futuro, olhe para o que está a fazer hoje.»

In praise of Entrepeneurship

O que há de mais admirável que um trabalhador que se transforma num empreendedor criando o seu próprio posto de trabalho, ou até o intra-empreendedor que tenta desenvolver as suas ideias e inovações dentro da organização em que está inserido. A sua capacidade de assumir risco, trocando o certo pelo incerto; criando e transformando visões em projectos que ao longo do tempo vão criando valor nos mercados locais em que se inserem.


"Ser empreendedor é preparar-se emocionalmente para o cultivo de atitudes positivas no planeamento da vida. É buscar o equilíbrio nas realizações considerando as possibilidades de erros como um processo de aprendizagem e de crescimento. Ser empreendedor é criar ambientes mentais criativos, transformando sonhos em riqueza."

Robert Menezes

"Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: "Por quê?”. Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: "Por que não?”."

George Bernard Shaw

PS: Este texto como o título indica é um elogio a todos os empreendedores que tentam mudar mentalidades e quebrar barreiras.